ROLON HO
- VIVA A DANÇA
- 24 de set. de 2017
- 4 min de leitura

Papo de dança.
Um papo rápido com o professor, dançarino e coreografo Rolon Ho, Presidente da Associação Paraense de Dança de Salão, jovem de talento, formado em Educação Física, diretor da Companhia de Dança Cabanos, grande contribuídor para o enriquecimento da Dança de Salão em nosso estado, que ainda traz na bagagem prêmios como o Diploma Mérito Cultura e Patrimônio de Belém, OSCAR Paraense como melhor espetáculo de dança e teatro ( Espetáculo Subúrbios), Prêmio Liceu Paraense, Troféu Revelação Gafieira Brasil 2016 RJ, Coreografo do DVD de Lia Soares, Ex-dançarino e coreografo da Banda Calypso, 3º Lugar do Gafieira Brasil 2017.
Viva a Dança: Quando, onde e por que você iniciou na Dança de Salão?

Rolon: Eu iniciei aos 14 anos dentro de um projeto que o professor Marcelo Thiganá realizou em minha escola, nem tinha tanta vontade de fazer Dança de Salão, ainda existia muito preconceito naquela época mas por influência de amigos acabei entrando para aprender Brega e Forró, em minha primeira aula acabei tendo logo o primeiro contato com o Samba de gafieira, vi algumas pessoas dançando o Samba e fiquei encantado, ali iniciou a dança para mim.
Viva a Dança: O que te levou a ser professor de dança?

Rolon: Até meus 15 anos eu não tinha em mente o que eu gostaria de fazer profissionalmente, quando descobri a dança notei que se podia viver e cuidar de uma família através do trabalho como professor, foi o que escolhi e hoje aos meus 33 anos e de onde tiro o meu sustento e de minha família. Viva a Dança: Como e o que te levou a abrir uma escola de dança?

Rolon: Trabalhei na Banda Sayonara por uns 2 anos e depois na Banda Calypso por uns dois anos e meio, ao sair da Calipso eu precisava fazer alguma coisa já que a dança era a minha escolha profissional, então juntei alguns amigos da dança e montamos a Cia. Cabanos, inicialmente éramos só a companhia, ainda no mesmo ano, 2005, realizamos o primeiro FEST-SALÃO, depois disso recebemos o convite para abrir a escola na Dom Romualdo de Seixas, lá começamos o trabalho com escola de dança. Viva a Dança: Quais as dificuldades em administrar uma companhia de dança?

Rolon: Então, já são 12 anos de companhia, 12 anos de Festival, muita gente entrou, saiu, acho que uns 30% da companhia já estão a uns 8 anos, alguns são novos, 4 ou 5 anos, É um aprendizado de vida lidar com pessoas, várias cabeças, pensamentos e isso no início foi complicado as vezes mas com o passar do tempo e hoje mas amadurecido isso já não é mais problema. Viva a Dança: Que fatores você acha importante para os profissionais da Dança de Salão em Belém?
Rolon: Se fizermos um comparativo com o Rio, onde a dança é mais forte no Brasil, eu vejo que lá os grandes mestres são muito respeitados, você precisa, praticamente, iniciar por eles a sua carreira, buscar conhecimento com eles, estar participando da dança com eles, eles te dão o aval de que você pode ser um profissional, aqui as vezes eu não consigo ver esse respeito de alguns novos dançarinos pelos nossos mestres, o respeito e a ética são fundamentais, acho que tem que existir uma hierarquia, a Dança de Salão em Belém pode ser mais valorizada começando por ai. Viva a Dança: E quanto a evolução da Dança de Salão em Belém?

Rolon: Estamos no caminho certo mas ainda é preciso que os profissionais da dança busquem mais conhecimento, que incentivem mais seus alunos a participarem dos bailes, que incentivem seus bolsistas a participarem de workshops, os bolsistas precisam participar mais dos workshops que trazem temáticas diferentes e dos bailes, na minha época como bolsista eu me sentia no dever de participar desses eventos. Viva a dança: Qual a sua avaliação em relação a APDANS?

Rolon: Eu acredito que nesses dois anos a APDANS tem desenvolvido um trabalho muito positivo, fazemos o que é possível, dentro da nossa realidade, realizamos eventos que trouxeram benefícios para os praticantes da Dança de Salão em Belém como Capacitação profissional, festivais em teatro, aulas abertas para a comunidade com o intuito da divulgação da dança em nossa cidade, entre outras.
Viva a Dança: Quais os pontos fortes da Dança de Salão em nosso estado?

Rolon: Aqui nós temos muita energia positiva, somos um povo dançante e com muitos talentos.
Viva a Dança: Que fatores são responsáveis pelo seu sucesso?

Rolon: Vários, tenho muitas pessoas que me apóiam, uma Cia talentosa e minha parceira Thais que tem um potencial enorme, temos conseguido muita coisa juntos, trabalhar com eles é um desses fatores.
Viva a Dança: Quais os novos projetos?

Rolon: Depois do Gafieira Brasil em 2018, eu pretendo investir um pouco mais para fora do estado e até exterior, elevar ainda mais o nome de Belém, alguns profissionais já divulgam nosso estado em vários lugares e quero também fazer isso mas através de workshop e eventos, sem que seja preciso eu mudar de cidade, tenho raízes muito fortes aqui.
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Rolon Ho: 91 983 109 595 / www.ciacabanos.com

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